Voltar Publicada em 20/04/2023

Tecnologia digitais são aliadas na gestão de custos dos insumos agrícolas

Monitoramento através de imagens

Fertilizantes, defensivos agrícolas em geral e combustíveis vem ficando mais caros para o agricultor e o uso de tecnologias digitais pode contribuir na melhor gestão destes custos. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP, no orçamento médio para produção de soja na safra 2022/2023, calculado em outubro/2022, eram necessárias 10 sacas a mais que no mesmo mês de 2020 e uma saca a mais que em outubro de 2021. 

Outro dado, calculado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, aponta que, na média, o Custo Operacional Efetivo da produção de soja aumentou 34,6% na safra 2021/2022 em relação à 2020/2021. Para a produção de milho, houve aumento de 31,1% na safra verão e 56,7% na segunda safra entre 2020/2021 e 2021/2022. 

Apesar de não ter controle sobre os custos dos insumos, por exemplo, os produtores rurais podem usar ferramentas que otimizam o seu uso, especialmente quando se trata de recursos como sementes, fertilizantes, defensivos, maquinário, combustível, horas de trabalho da equipe e recursos naturais, e, dessa forma, mitigar efeitos de aumento de preços. A tecnologia digital é uma das soluções que está mudando a forma como os agricultores gerenciam seus investimentos na produção. 

“A digitalização é um marco importante na agricultura, já que traz mais assertividade na tomada de decisões, possibilita a redução custos em função do uso mais racional dos insumos, assim como o aumento da eficiência e da produtividade. Os mapas gerados a partir de imagens de satélite e drone, por exemplo, permitem que os agricultores tenham acesso a dados reais sobre as condições das plantas e do solo, umidade, temperatura e outros fatores que afetam a produção agrícola. Em algumas situações, até em tempo real”, pondera Ricardo Arruda, gerente técnico do xarvio®, marca de agricultura digital da BASF. 

As tecnologias digitais oferecem uma série de soluções para ajudar o agricultor no dia a dia da gestão da fazenda e da safra, com a geração de dados que devem ser levados em conta na hora da tomada de decisão. Entre os recursos disponíveis no mercado, destacam-se:

Monitoramento da lavoura: realizado a partir de imagens geradas por sensores, satélites e drones, traz dados sobre as condições das plantas e do solo, oferecendo uma visão mais aprofundada de cada uma das áreas cultivadas para que o agricultor trace a melhor estratégia de manejo, ajustando a aplicação de insumos, como defensivos, reguladores de crescimento e maturadores com base nas necessidades específicas de cada talhão.

Nutrição da lavoura: imagens de satélite para mapear a variabilidade do solo de cada talhão e realizar a aplicação de fertilizantes em taxa variável de acordo com as necessidades específicas, de forma que maximize a produtividade.

Irrigação inteligente: sensores e medidores de umidade do solo são usados para controlar sistemas de irrigação, fornecendo água apenas onde e quando for necessário.

Modelos de previsão: algoritmos de aprendizado de máquina podem prever o crescimento das plantas, permitindo que os agricultores planejem a compra de insumos com base na demanda futura.

Tecnologia digitais são aliadas na gestão de custos dos insumos agrícolas

Comportamento do consumidor agrícola

Dados da pesquisa “A Mente do Agricultor Brasileiro”, realizado pela consultoria McKinsey & Company mostram que o agricultor brasileiro é considerado pioneiro no uso em tecnologias digitais: aproximadamente 50% dos produtores do país já adotam ou estão dispostos a adotar soluções que tragam maior precisão na tomada de decisão e nas estratégias de manejo. Outro ponto interessante destacado pelo estudo é que somos os que mais adotam práticas sustentáveis na agricultura, parte delas motivadas pela digitalização, como a aplicação de fertilizante em taxa variável, que 51% já fazem ou pretendem fazer nas próximas safras. 

“A tendência que observamos no campo é um aumento contínuo no uso de novas tecnologias digitais que trazem resultados reais no campo”, comenta Arruda, trazendo como exemplo a plataforma FIELD MANAGER, do xarvio: “a economia de insumos no controle de plantas daninhas a partir do nosso mapeamento via drone tem média acima de 60% no cultivo da soja e algodão, incluindo a redução significativa no volume de água necessário para a diluição dos produtos nas aplicações. Em dessecação (soja e trigo) e desfolha (algodão), a economia média é de 30%. E os mapas para aplicação de regulador de crescimento na cultura do algodão chegam a gerar uma economia média de 25%”. 

Fonte: noticiasagricolas

Fotógrafo: noticiasagricolas


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