Voltar Publicada em 10/12/2021

As premissas para a obediência (1Pedro 2.1-8)

...Deveríamos nos manter firmes na Palavra sem duvidar... para assim crescer...

Versículos 1-3

“Portanto, abandonem toda maldade, todo engano, hipocrisia e inveja, bem como todo tipo de maledicência. Como crianças recém-nascidas, desejem o genuíno leite espiritual, para que, por ele, lhes seja dado crescimento para a salvação, se é que vocês já têm a experiência de que o Senhor é bondoso.”

O capítulo 2 de 1Pedro começa tratando, antes de tudo, de abandonar. Quem conservar coisas ruins dificilmente terá em si o desejo de crescer espiritualmente. Inversamente, porém, o desejo pela Palavra de Deus aumentará naquele que se empenhar em abandonar o mal.

Assim como uma criança recém-nascida naturalmente deseja alimento e o busca, assim também será com um filho de Deus recém-nascido.

O termo “leite” (grego, gala) designa aqui a genuína Palavra de Deus, que nos oferece todas as bases para a fé. A Palavra de Deus não contém nada turvo nem diluído; ela é nutritiva e útil para o crescimento espiritual.

O desejo pela Palavra de Deus aumentará naquele que se empenhar em abandonar o mal.

Na conversão ou no novo nascimento, a pessoa experimenta a bondade e a benignidade do Senhor. Não havia então nada de duvidoso ou nebuloso, pois tudo era inequívoco. Essa condição pode agora prosseguir no crescimento, uma vez que a mensagem que nos fez renascer também serve de alimento para o crescimento na nova vida.

O versículo 3 refere-se a Salmos 34.8: “Provem e vejam que o Senhor é bom; bem-aventurado é quem nele se refugia”.

Às vezes é possível observar filhos de Deus que confiaram dedicadamente na Palavra de Deus no início da sua vida de fé, mas em quem essa confiança diminuiu com o passar do tempo. Todavia, isso é justamente o que não deveria acontecer! Deveríamos nos manter firmes na Palavra sem duvidar... para assim crescer.

Versículos 4-8

“Chegando-se a ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vocês, como pedras que vivem, são edificados casa espiritual para serem sacerdócio santo, a fim de oferecerem sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por meio de Jesus Cristo. Pois isso está na Escritura: ‘Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será envergonhado.’ Portanto, para vocês, os que creem, esta pedra é preciosa. Mas, para os descrentes, ‘A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra angular.’ E: ‘Pedra de tropeço e rocha de ofensa.’”

O apóstolo Pedro novamente se reporta às declarações do Antigo Testamento: “Portanto, assim diz o Senhor Deus: ‘Eis que ponho em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não foge’” (Is 28.16). E: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra angular” (Sl 118.22).

Os judeus a quem Pedro se dirige chegaram-se a Jesus, a pedra messiânica, tendo-se tornado assim uma prova do cumprimento das previsões do Antigo Testamento que apontam para Jesus.

Os sacerdotes de Israel foram os principais que rejeitaram o Senhor, julgando-o como pedra imprestável – tornando-se eles mesmos imprestáveis. Os judeus crentes, por outro lado, tornaram-se em lugar deles o verdadeiro sacerdócio.

Rejeitado pelos sacerdotes da época, Jesus é a pedra viva confirmada por Deus, a pedra escolhida e preciosa que se tornou pedra angular, que sustenta e orienta todo um edifício. Jesus não é apenas um personagem que, embora histórico, está morto, mas aquele que vive e que ainda hoje edifica sua igreja. E bendito aquele que aceita ser encaixado em seu reino!

É a isso que Pedro convoca os cristãos judeus. Por terem-se chegado a ele, eles também já se tornaram pedras vivas, ou seja, participantes da sua vida. Ele é a pedra viva, e eles agora também se tornaram pedras vivas. Essa é a vida que Jesus confere. Quem entra em contato com ele é vivificado. Simbolicamente, isso é representado pelos milagres de Jesus:

“E pediam-lhe que ao menos pudessem tocar na borda da sua roupa. E todos os que tocavam nela ficaram curados.” (Mateus 14.36)

Agora, porém, eles devem deixar-se edificar para além disso. Devem tornar-se colaboradores na casa espiritual da igreja, deixando-se encaixar na construção, e não ficar por aí isolados como pedras avulsas. Um tijolo isolado, posto de lado, não tem utilidade para a casa. Porém, assim que for incorporado à construção, ele fará parte de toda a casa e ajudará a sustentar o edifício inteiro. Além disso, cada tijolo tem o seu lugar definido. Não é natural que os cristãos não tenham comunhão com outros cristãos e não se enquadrem numa igreja.

Não é natural que os cristãos não tenham comunhão com outros cristãos e não se enquadrem numa igreja.

Cada crente é chamado a ser um sacerdote santificado no templo espiritual, a colaborar e a trazer ofertas espirituais. Estas são boas obras como oração, tempo disponível para o próximo, serviço em questões práticas, participação em encontros espirituais, na disseminação do evangelho, ao aplicar os dons etc. Cristãos vivos precisam cultivar a comunhão com outros cristãos vivos e atuar juntos para o Senhor. Só as ofertas resultantes da união com Jesus é que agradam a Deus.

Pedro explica isso porque o Israel sem Jesus trabalha inutilmente. Os judeus não crentes em Jesus, conforme o verso 8, fracassaram. Eles não são um sacerdócio agradável a Deus. Eles até perderam o templo como casa de Deus (70 d.C.). A palavra de Moisés segundo a qual “‘vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa.’ São estas as palavras que você falará aos filhos de Israel” (Êxodo 19.6) refere-se agora não mais a Israel em geral, mas apenas aos judeus crentes em Jesus como remanescente transitório. Futuramente também se referirá aos judeus que virão a crer durante a grande tribulação após a era da igreja (Apocalipse 1.6; 5.10; 20.6).

Fonte: chamada/


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